Pessach - Diálogo e convivência - expressões de liberdade |
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Neste ano, uma vez mais a celebração judaica de Pessach e a Páscoa cristã acontecerão em datas coincidentes. Pessach é sempre comemorado no dia 15 de nissan e a data correspondente no calendário gregoriano varia, o que torna a coincidência das duas celebrações menos frequente. Talvez seja esta uma oportunidade para exercitarmos um dos pilares do nosso movimento – promover a integração com a sociedade maior – através do diálogo inter-religioso.
Assim mesmo, frente à constatação das numerosas famílias multiculturais em nossas comunidades, essa convergência de datas se apresenta como um potencial elemento integrador dessas famílias e de suas diferentes tradições.
Temos o privilégio de viver em um tempo de abençoada aproximação entre o cristianismo e o judaísmo. Fazendo uma análise cuidadosa não podemos atribuir os conflitos que tivemos em outros momentos da história à questão religiosa, meramente. Quando cantamos "avadim aínu" e nos lembramos da saída do Egito, devemos lembrar-nos também que a opressão e a escravidão a que estivemos submetidos se deu por fatores políticos, e não religiosos. Ou seja, o que importa não é a religião, e sim os valores das sociedades, das famílias e dos indivíduos que as compõem.
O diálogo judaico-cristão se fortalece quando conseguimos honrar, respeitar e fazer a devida convergência entre Chanucá e o Natal, ou entre a Páscoa e Pessach, por exemplo. Ao contrário do que alguns possam argumentar, essa aproximação intercultural ou interreligiosa não oferece riscos de assimilação, mas de exaltação daquilo que nos faz diferentes e o reconhecimento daquilo que temos em comum. Fortalecemos nossas identidades quando nos olhamos pelo espelho do outro.
Famílias multiculturais podem ser enriquecedoras, desde que os valores de todos os envolvidos sejam compatíveis. Podemos – e devemos – viver em meio a outras religiões. O que não podemos é ser oprimidos nem oprimir, e tampouco permitir a opressão. Em palavras do rabino Rifat Sonsino, Ph.D. à Revista Devarim, "nossa tarefa hoje é imbuir todos os lados de respeito mútuo para que se abram de maneira a aprender uns com os outros".
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Seminário Beutel |

Foram 10 dias, em fevereiro, de intensas atividades, de aulas vivenciais pelas estradas de Israel. Os 18 participantes, representando 13 países (Brasil, Austrália, Zimbabue, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Polônia, Canadá, Inglaterra e Alemanha), também debateram intensamente os tópicos propostos pelo Seminário Beutel para a Liderança Judaica Reformista, inteligentemente articulados pelo Rabino Steve Burnstein, e pelo professor Paul Liptz. Os professores e ativistas convidados teceram uma visão da "colcha de retalhos": os desafios e oportunidades que há hoje na terra de Israel e sua história milenar.
As ruas de Jerusalém foram desbravadas pelos passos inquietos dos participantes que também aprendiam sobre o progresso, os atos de resistência e diálogo na arena de direitos humanos e democracia defendidos pela IRAC (Israel Religious Action Center) sob a direção da rabina Noa Sattah. O Museu do Povo Judeu; a roda de diálogo com o Rabino Meir Azaru no Beit Daniel em Tel Aviv; a aula acolhedora na casa de Sally Katz sobre dilemas éticos e étnicos, e encontros com o rabino Michael Marmur e diversos líderes de nosso movimento e representantes da Associação Sionista Reformista da América (ARZA) foram incríveis. A conversa com jovens beduínos e judeus do programa anual GAP da Escola Judaica-Árabe Hagar em Beer Sheva restauraram a fé nas possibilidades de convivência empática entre os dois povos. As três noites no Kibbutz Lotan fizeram com que todos os presentes fossem imbuídos em um sentido profundo de pertencimento.
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"Foram dias repletos de significância! Todos os envolvidos, palestrantes, guias, professores, e participantes estavam empenhados e dar o seu melhor com muito entusiasmo! Na minha vida foi um divisor de águas conhecer a WUPJ. Agora chegou a hora da minha retribuição!"
Sandra Strauss, Rio de Janeiro, RJ
"O Curso de liderança Beutel realmente foi surpreendente. O Rabino Steve Burnstein é o exemplo vivo do judaísmo ético e igualitário. O Professor Paul Liptz foi também sensacional! Todas as atividades da programação foram uma soma de conhecimento... Me senti num filme com direito a várias histórias para contar! E os protagonistas? Surpreendentes! Me senti parte da mesma tribo! Sou pura gratidão à WUPJ pela oportunidade de aprender tanto e perceber que tenho tanto ainda que aprender."
Jacqueline Moreno, Salvador, Bahia
"Fiquei impressionada com a proposta nada convencional de formação de líderes do Seminário Beutel. O programa se baseia na aquisição de conhecimentos de forma vivencial e investe na formação de redes. Me chamou atenção a ênfase dada à espiritualidade, ressaltando que os líderes comunitários precisam ter, além de boas ferramentas para influenciar pessoas em prol dos objetivos coletivos, também a sensibilidade para conectar-nos como comunidade e como povo. Gratidão pela oportunidade."
Kelita Cohen, Brasília, DF
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Lendo Torá no Kotel emoção e orgulho - por Andrea Kulikovsky
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Já há alguns anos sigo com admiração o trabalho do movimento Women of The Wall (Nashot haKotel), que luta pelo direito de voz para a mulher no Kotel. Para podermos cantar e rezar em voz alta, ter o direito de ler a Torá, usar talit e tefilin se assim desejarmos.
Quando olhei o programa do Seminário Beutel, no qual estava inscrita, e percebi que estaríamos com as Nashot haKotel para o serviço de Rosh Chodesh Adar, não tive dúvidas e decidi tentar fazer parte da leitura da Torá. Com a ajuda do Raul Gottlieb, da WUPJ, consegui o contato e meu trecho da parashá para leitura.
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Estudei muito, me dediquei profundamente. Sentia o peso da responsabilidade de levar a voz da mulher brasileira ao Kotel naquele dia.
Acordamos cedo e fomos de ônibus para o Kotel. Na entrada tradicional, homens passaram rapidamente, mas percebemos que as mulheres estavam sendo barradas para vistoria, e atrapalhadas por ortodoxas e ultra-ortodoxas. Foi quando ouvi uma mulher falar para a outra que nós estávamos com as Nashot haKotel e não iam nos deixar entrar que senti desespero.
Já havia começado o serviço religioso e eu, que havia me preparado tanto, estava do lado de fora. Uma amiga lembrou da outra entrada do Kotel e sugeriu que tentássemos entrar por lá. Corremos e conseguimos. Chegamos na hora da leitura!
Mulheres apitavam, homens gritavam, tornando a concentração na tfilá muito difícil. Cheguei cheia de emoções conflitantes: o orgulho de fazer parte de uma luta pelo espaço da mulher, a tristeza de ver o meu povo desunido e carregado por sentimentos tão ruins. Não era um local sagrado; naquele momento era um campo de guerra. Li com emoção de um pergaminho, porque não foi possível entrar com um sefer Torá no Kotel. Li com o coração, a alma e a voz embargada.
Entendi então o sentido de Sisterhood, a força que vem do grupo: a amiga que lembrou da outra entrada e tirou fotos daquele momento; a amiga que segurou o talit como chupá; todas as outras mulheres que olhavam confiantes de que tudo daria certo. O peso de uma luta nas costas, o orgulho de fazer parte da luta, junto com minhas amigas de seminário. |
Início das aulas do Instituto Rabínico |
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Na próxima segunda-feira (5 de março), o Instituto Ibero-Americano de Formação Rabínica Reformista, que tem o Rab Reuben Nisenbom como seu reitor, dará início às aulas.
Tanto a formação rabínica em seus 3 níveis – Metivta, Yeshivá e Rabanut- quanto no campo da formação de líderes comunitários, as aulas fazem uma dupla combinação em modalidade presencial e online.
O Rab. Damian Karo, decano do Instituto, enfatizou o nível do corpo docente que ministrará as aulas nesta forma inovadora. Isto permitirá que os seus atuais 20 alunos, de 5 diferentes países, possam iniciar sua formação.
Ricardo Rotholtz, presidente do Instituto, fez menção do esforço empreendido para fazer funcionar uma instituição que dará respostas às necessidades das comunidades reformistas da região.
Os interessados em estudar no Instituto podem comunicar-se através de: info@institutorabinico.org
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3o. Seminário Tikun Olam - para jovens mudarem o mundo |
Jovens entre 20 e 30 anos, membros de nossas comunidades e organizações parceiras estão convidados a se engajar, suar a camisa, trabalhar, e se realizar numa das experiências mais extraordinárias. Vamos juntos para Areal, uma pequena aldeia indígena na foz do Rio Doce que foi devastada pela lama da Samarco há mais de 2 anos. Juntos com a comunidade local e ativistas vamos construir um futuro mais digno, mas promissor e mais feliz. Participe, divulgue, venha suar a camisa, estirar os músculos e rejuvenescer o coração. Mais informações
"Como devo começar um depoimento sobre uma experiência incrível onde faltam palavras e sobram sentimentos? Carregar enxadas, tatus e quebra-barro até ficar com as mãos cheias de calo (...), para no final ver o sorriso no rosto da população local com os olhos brilhando de tanta gratidão. Às vezes procuramos felicidade em coisas grandes e fúteis, porém a verdadeira felicidade está nos momentos especiais vividos com emoção."
Andressa Ledermann Pomeroy, Rio de Janeiro
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Estudo da Parashat haShavua |
Desde fevereiro de 2018, a WUPJ oferece encontros semanais de estudo da Parashá da semana. Estes encontros são abertos a membros de nossas comunidades e são conduzidos pelo moré Theo Hotz, estudante de rabinato. A oportunidade de estudar em grupo, de se encontrar e debater, de aprofundar nosso conhecimento judaico e expandir nossas relações transforma cada encontro num momento Eu-Tú, como diria o pensador Martin Buber (1878-1965), num encontro com o Divino.

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"Estou animado com a oportunidade que nossos associados estão tendo em fortalecer conexões e aprofundar no conhecimento sobre Judaísmo, através do grupo de estudos da Torá (Parashat haShavua), ministrado pelo Moré Theo Hotz. Agradeço a WUPJ, organização judaica que deu a oportunidade para os judeus do norte do Paraná se integrarem a comunidade nacional."
Alexandre Israel Pinto, Diretor Executivo da - Beit Tikvá, Paraná/Brasil
"O que acho do estudo da Parashá? Incrível! Para começar estamos conectados via internet em diferentes países, lugares e todos voltados para o mesmo objetivo. O Theo Hotz é um ótimo moré. Não deixa de responder uma questão, fora o que ele agrega de conhecimento de história, o que auxilia e complementa ainda mais a compreensão do texto!"
Ruth Grinberg, Brasília, Brasil |
Shehecheianu, Vekiemanu, Vehiguianu Lazman Hazé! - Costa Rica |

A WUPJ-LA acredita que educar através de uma tnuá (movimento juvenil) é investir no futuro de nossas comunidades. Por isso, temos a alegria de compartilhar com vocês que mais um snif do Netzer - Movimento Juvenil Judaico Reformista - está em processo de abertura. O Netzer conta com snifim em mais 15 países ao redor do mundo, inclusive o Brasil e o Panamá na América Latina.
Nosso mais novo snif está localizado na Comunidade Bnei Israel, na Costa Rica, sob liderança de dois jovens líderes da comunidade - Dalit e Ari - e ajuda do Rabino Dario Feiguin. Assim, a educação não-formal com base em Tikun Olam, no Judaísmo Reformista e no Sionismo formará os futuros líderes da comunidade costa riquenha. Os movimentos juvenis são a essência de comunidade que se renovam e que se desenvolvem.
Entre em contato com Rodrigo Baumworcel para mais informações.
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Recife 2018 |

Em agosto de 2018, a WUPJ América Latina irá se encontrar em Recife para celebrar a imigração dos judeus para as Américas, mas mais que isso, para aprender, conectar-se festejar e fortalecer o judaísmo inclusivo e transformador. Quando a Kahal Zur Israel, a primeira sinagoga do Hemisfério Sul foi fundada, o rabino Aboab se viu frente a um novo desafio jamais estudado: como celebrar os chaguim quando as estações do ano são inversas aos modelos anteriores. Suas responsas (respostas rabínicas) definem muito de nossas práticas hoje em nossa região e no mundo.
Venha conhecer, e entender a centralidade histórica dos eventos ocorridos e acompanhar o judaísmo que se pratica hoje, em constante transformação, harmonia e balanço com a vida contemporânea. Mais informações
Bat de Adultas
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Aproximadamente 10 mulheres estão se preparando desde meados de 2017 para seu Bat Mitzvá, que será celebrado dia 3 de agosto de 2018 na sinagoga Kahal Zur Israel em Recife durante o Encontro Regional da WUPJ da América Latina. Com aulas quinzenais ministrada por professores locais e internacionais, sob a supervisão do rabino Dr. Ruben Sternschein as bnot mitzvá se dedicam a temas como Tikun Olam, Biblioteca judaica, Chaguim, tradições e muito mais, sempre através de uma lente crítica e profunda.

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"A experiência tem sido significativa e importante para mim pois tenho revisitado e aprofundado vários assuntos interessantes do judaísmo."
Shirley Jungman Sacerdote, São Paulo
"Embora eu seja uma pessoa de ideias muito liberais, por força das circunstâncias, sempre frequentei sinagogas mais conservadoras, com uma limitação importante do papel da mulher nos cultos fora de casa. Ao surgir a oportunidade de frequentar o curso de Bat para adultas um novo horizonte se descortinou para mim. Ter a oportunidade de entender melhor nossos rituais e poder ter a honra de fazer uma aliá na Torá tem sido uma experiência única e das mais emocionantes da minha vida. O curso me proporciona isso, mas o estou considerando apenas como o primeiro porém muito significativo passo! Depois do que aprendi nesses últimos meses, não paro de estudar Torá nunca mais!"
Debbie Geber, Belo Horizonte
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Celebração de Purim |
• ACIB/ Associação Cultural Israelita de Brasília – Brasília, Brasil


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Adat Israel – Guatemala City, Guatemala


• SIC/ Sociedade Israelita do Ceará – Fortaleza, Brasil


• ARI/ Associação Religiosa Israelita - Rio de Janeiro, Brasil


• Beit Tikvá – Paraná, Brasil


• Congregación B'nei Israel – San José, Costa Rica


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• CIM/ Comunidade Israelita Mineira – Belo Horizonte, Brasil


• CIP/ Congregação Israelita Paulista – São Paulo, Brasil


• Comunidad Israelita de Concepción - Concepción, Chile


• Mishkán - Fundación Centro de Espiritualidad Judía –
Buenos Aires, Argentina


• Ruaj Ami Cominidad Religiosa y Cultural – Santiago, Chile


• SIBRA/ Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência – Porto Alegre, Brasil


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